quarta-feira, 16 de outubro de 2013

o negoço!

Não sei se já contei isso aqui, mas me interesso muito por marketing e administração.
lembro-me de na matricula do pre-vest informei à escola que prestaria vestibular para administração. mas a arquitetura me seduziu e hoje sou loucamente apaixonado por ela. mas, às vezes me pego lembrando daquele antigo desejo.

sou fã do aprendiz e agora não perco um só capitulo de "o negocio". interessante serie da HBO onde 03 belas "empreendedoras do entretenimento adulto" (leia-se prostitutas) aplicam conceitos de marketing para revolucionar o mercado mais antigo do mundo - será?!.
[ixi, acho que este post vai ficar grande.]


um episodio em especial me lembrou algumas conversas tidas com meus amigos arquitetos sobre o valor da nossa profissão. enquanto éramos filiados ao CREA deveríamos ser tratados, salarialmente falando, como os engenheiros. mas o mercado capixaba nunca entendeu assim. ou nunca quis entender.

agora temos uma entidade própria, o cau, e uma questão em aberto - quanto vale o nosso trabalho? o mesmo que de um engenheiro? mais? menos?

voltando ao episodio de o negocio (nº07), num programa a personagem Karen sai com um empresário de sucesso $$. eles jantam, conversam e pimba! na manhã seguinte, quando a conta do hotel chega, ela percebe que na noite anterior ela foi a o item mais barato. em números: R$ 5.000,00 o vinho, R$40.000,00 a suíte, jantar R$ 5.000,00 e o programa....R$1.000,00,
talvez seja assim que a maioria dos arquitetos se sintam o item mais barato do programa.
numa conta rápida, com dados médios, para um edifício multifamiliar com térreo, garagem, pilotis/lazer e 10 tipos, 80 apartamentos de 02 quartos com suíte, área construída final de 6.000 m2.
a um custo médio de produção de R$ 1.000,00 o m2 o edifício chegaria a um custo final de 6 milhões.
80 apartamentos com valor de venda inicial de R$ 150.000,00 - que bem razoável para o mercado imobiliário capixaba. apos a venda tem-se o valor de 12 milhões de reais.
ou seja, gastou-se 6, vendeu-se por 12, pata ter um belo lucro de 6 milhões de reais.
a obra deve durar uns 36 meses. o engenheiro responsável da obra, com um salário de R$ 7.000,00, ao final da obra terá recebido R$ 252.000,00.
a tabela que deveria guiar o arquiteto é disponibilizada pelo IAB. por ela este projeto sairia pela bagatela de R$ 100.000,00. esse valor pagaria pelo estudo preliminar, pelo projeto legal e acompanhamento da aprovação junto à prefeitura, e especificações dos acabamentos. ou seja, 36 meses de trabalho.
R$ 100.000,00 dividido em 36 chega-se ao "salário mensal" de R$ 2.777,77.
Mas, os arquitetos não conseguem utilizar a tabela do IAB. na realidade, o arquiteto cobraria R$ 7,50 o m2, o que resultaria em um contrato de R$ 45.000,00, em 36 meses, um salário mensal de R$ 1.250,00.
O corretor - a água do cardápio - que vender o apartamento de R$ 150.000,00, numa venda que durará 2 dias, entre visita e papelada, leva uma comissão de 6%, ou R$ 9.000,00.

é pra realmente se sentir o item mais barato do cardápio.

ainda sim sou otimista. o mercado de trabalho é grande, e a disposição para lutar pelo reconhecimento do oficio é maior ainda.


e, com certeza, da pra ganhar dinheiro com arquitetura. 
Né não Oscar? né não Calatrava? né não BIG???


quinta-feira, 25 de julho de 2013

premio da arquitetura capixaba - archichatus award

caramba, o tempo passa muito rápido. o tempo voa.
primeira postagem de 2013, e já passamos da metade do ano. mas vamos lá. blogar, pra mim, é aquele prazer insubstituivel, por mais que a terra gire, nada o substitui. 

so, go on! [então, vamos lá!]
acho que la pelo ano 2001 o espirito santo tinha uma revista de arquitetura, a imagem urbana. como toda revista de arquitetura, ela vinha recheada de arquitetura capixaba. a ideia de uma revista local também é uma daquelas ideias que não saem da minha cabeça, anotem, um dia chegamos lá! enquanto isso, por que não aproveitar este espaço para publicar os prédios que me comovem, aqui na grande vitoria?  
não tenho plantas, nem cortes, nem vistas, nem notas do autor....tenho fotos. 
e aceito sugestões. 




obra 01 - essa casa já não existe mais. deu lugar ao estacionamento do restaurante ao lado. minhas fontes, vai se saber se são seguras, disseram que esta casa pertenceu a um arquiteto, que a construiu no tempo em que podia ver o mar da praia da costa. nas minhas idas e vindas pcosta-jcamburi, o que me chamou atenção foi a moldura de arestas arredondadas, da porta principal. confesso que o aspecto de abandono também chamou bastante a minha atenção. (esquina entre av. hugo musso e r. ceara)


obra 02 - essa casa fica na av. champagnat, e o interessante dela é o telhado uma agua, a fachada revestida com pedra e com as esquadrias de madeira, venezianas,...
a av. champagnat tem muitas casas remanescentes, e confesso que muitas delas me interessam. na maioria destas casas o terreno esta em declive, e por mais que existam variaçoes da forma, elementos como os revestimentos em pedra ou ladrilhos, esquadrias/venezianas em madeira, se repetem. 


obra 03 - edificio comercial localizado na rua henrique moscoso. a solução inusitada da fachada em plano inclinado e com o recorte organico se destacam dos demais edificios do entorno.


obra 04 - esta casa fica na rua desembargador augusto botelho na praia da costa, principal bairro de vila velha para os grandes edificios residenciais. o telhado embutido, as linhas retas da fachada, as venezianas em madeira na cor branca e a composição dos azulejos verdes determinaram a premiação (minha premiação) a esta residencia.

parabens a quem as projetou. parabens a quem contratou os projetos. com certeza nossa cidade ficou mais bonita.

[obrigado google street view por possibilitar a brincadeira]